 |
Iuli em frente a casa de Julieta, em Verona (Itália), nas gravações de Sapore d'Italia (Foto: Bruno Polidoro) |
|
Em entrevista ao Espaço Experiência, a ex-aluna do TECCINE da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da PUCRS, Iuli Gerbase, contou sobre suas produções e seu futuro profissional. “Folha em branco”, seu mais recente curta-metragem, vai ao ar nesse sábado (29), no Histórias Curtas da RBS TV.
Espaço Experiência: Iuli, na conclusão do curso de Produção Audiovisual, tu e teus colegas realizaram o curta “Tricô e Pitangas”, que retrata a vida de um asilo. Como foi a produção? Iuli Gerbase: O Tricô e Pitangas foi todo realizado pelos alunos do curso e pago pela universidade, com atores contratados, e teve produção da PUCRS. Foi gravado em abril do ano passado.
EE: O filme recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Gramado, que foi escrito por ti. Como foi a recepção do prêmio? IG: Foi muito boa! Foi o primeiro festival que o curta concorreu. Não esperávamos tanto por um filme realizado para conclusão do curso, na Famecos. O reconhecimento é muito gratificante, as pessoas começam a saber que eu faço roteiros, não só a direção das produções. Crêem que eu tenho potencial.
EE: O curta está concorrendo em outros festivais? IG: Sim. Mas ainda não tenho resposta, porque estão começando a selecionar os curtas.
EE: Trabalhaste na produção de Sapore d'Italia, da RBS TV. Como foi o trabalho, as gravações? IG: Em Sapore d'Italia eu trabalhei como assistente de direção. As gravações do Sapore foram feitas com uma equipe mínima, básico do básico, mas contou a participação de equipe italiana. Gravamos durante três semanas na Itália, e o restante foi gravado em Bento (Gonçalves). Foi um intercâmbio muito bom.
EE: Sobre o teu novo curta-metragem, Folha em Branco, que vai ser exibido no Histórias Curtas, o que conta a história? IG: Folha em Branco foi produzido pela Besouro Filmes, e conta sobre três pessoas que ficam presas em um elevador: um entregador de pizza e dois vizinhos, onde um desses estava indo para a beira do Guaíba para escrever a história de um pescador. Como fica trancado, recebe a ajuda dos outros dois para escrever. É uma história de aproximação. A questão do enredo tem até um pouco a ver comigo. A qualquer hora e lugar eu estou escrevendo, tendo ideias.
EE: Esse curta contou com uma trilha sonora feita pelo Marcos Bombardelli. Como foram os contatos e o processo de gravação? IG: O Marcos é meu professor de música desde que tenho 8 anos, e ele fez um curso de trilhas sonoras, e sempre falava que queria fazer a trilha de um trabalho meu. O que era pra ser uma música viraram seis. O trabalho foi muito legal, o pessoal do Bunker Studio caprichou na pós-produção. Teve uma colaboração conjunta.
EE: E projetos novos, algum em mente? IG: Consegui o apoio do Fumproarte (Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre) para o próximo trabalho. Será um curta-metragem de ficção científica, chamado Férias.
EE: E o que conta? IG: Fala sobre um homem que vive no futuro, que pesquisa sobre o surgimento da vida. Ele está exausto e o chefe concede férias a ele. Para relaxar, ele usa um método um tanto estranho.
EE: Como tu vê o mercado do audiovisual? IG: Bem complicado. É difícil ganhar dinheiro com curtas. Com isso, fica a opção de se trabalhar com produção de seriados de TV.
EE: E o que tu acha da produção de seriados? Pretende trabalhar com esse segmento? IG: É bacana. Assisto muitos seriados e gosto de desenvolver personagens. Tô com um projeto de comédia e outro de drama.
EE: Como é retornar aqui na Famecos depois de formada? IG: É estranho. Foram só dois anos e meio de curso. Foi tudo muito rápido, mas a pessoa cresce aqui dentro. Se pegar a primeira e última foto da minha turma, todo mundo mudou muito.
|